... Porque a memória traz de volta o que
queremos e também o que não queremos…
A
memória é o arquivo do meu passado, estão lá quase intactos, capítulos que
tinha esquecido e que se soltam vibrantes de vida.
Mas
a minha memória é selectiva, sabe que não gosto da escuridão e portanto traz
luz para o meu presente. Deixa de lado o que ficou na penumbra, o erro
cometido, a escolha errada. Sei que não os esconde mas não procura dar-lhes
evidência ou torná-los demasiado presentes.
As
dores, as lágrimas, as ausências, as perdas caminham paralelas mas não
interferem com a esperança, com a vontade de viver, com a capacidade de me
renovar e renascer. Até quando? Até quando?
A
pergunta surge, às vezes perturba-me, outras vezes inquieta-me, mas empurro-a
suavemente para que não ocupe demasiado espaço. É tão melhor sentir o calor do
sol na minha pele e ouvir a música que ainda me estimula, que ainda faz com que
o meu corpo acorde… e nessa altura as saudades imensas do Brian entram de
rompão, e vem o desejo de sentir novamente o ritmo, a cumplicidade, a entrega,
os corpos que se conhecem, que se enlaçam, que se desejam, como se um fosse
parte do outro, sem medo, sem receio, em total confiança.
Que
saudades "my Darling"!
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