O café é inóspito e frio, as mesas sujas, a luz
branca fluorescente transforma-o numa espécie de morgue.
Ela está ali, só, pálida, fora deste mundo, os
olhos fixos num ponto perdido, aperta com força um lenço que enrolara na mão. O
lenço está manchado de sangue, muito sangue que agora escorre sem controlo. A
mulher está ainda mais pálida e a cabeça bate com força no tampo da mesa. O
café frio entorna-se e mistura-se com o sangue.
A mulher já não se mexe…não vem ninguém, não tem
ninguém. Morre como viveu…só!
Sem comentários:
Enviar um comentário