terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Um lenço apertado na mão


O café é inóspito e frio, as mesas sujas, a luz branca fluorescente transforma-o numa espécie de morgue.
Ela está ali, só, pálida, fora deste mundo, os olhos fixos num ponto perdido, aperta com força um lenço que enrolara na mão. O lenço está manchado de sangue, muito sangue que agora escorre sem controlo. A mulher está ainda mais pálida e a cabeça bate com força no tampo da mesa. O café frio entorna-se e mistura-se com o sangue.

A mulher já não se mexe…não vem ninguém, não tem ninguém. Morre como viveu…só!

Sem comentários:

Enviar um comentário