domingo, 31 de maio de 2015

À procura de um título...

Continuar a ser diferente, inventar personagens como Pessoa. Misturar todas, dar-lhes vida e sem remorsos deixá-las livres de cometerem todos os pecados. Contar uma história, parar no momento oportuno e depois recomeçar, recomeçar sempre, esse era o segredo.
O caminho era cheio de curvas, não era possível relembrar tudo, nem mesmo quando encostava a memória ao passado. Perdera a esperança de apaziguar as emoções, os sentimentos; impossível pôr ordem na sua história de vida. Precisava de destrinçar os vários capítulos que se entrelaçavam uns nos outros, onde se perdiam e encontravam, amizades, amores, ódios e paixões.

Queria seguir em frente, por um corredor que não fosse labiríntico, esperando encontrar no fim do percurso uns braços abertos prontos a abraçá-la. Sentar-se por fim na areia e contemplar o horizonte finito e infinito onde o seu espírito se podia perder. E depois dar a mão a alguém e repousar a cabeça no seu ombro.